Você conhece a história das máquinas de costura industriais? Alguns historiadores denominam a máquina de costura como “a rainha das invenções”, outros acreditam que ela foi a verdadeira máquina revolucionária. De fato, o homem se veste desde o tempo das cavernas e até tal invenção, a costura era manual, trabalhosa, lenta e com o uso de agulha e linha.
O sistema base da máquina de costura é simples, uma laçada de fio, que gera um ponto e, em sequência, uma costura. Essa simplicidade de sistema e a grande necessidade, fez com que surgissem variados projetos para máquinas de costura em diferentes lugares. No entanto, o primeiro registro de patente que se tem notícia é de 1829, feito por um alfaiate francês chamado Barthélemy Thimmonier e mostra um protótipo da máquina de costura e a primeira tentativa de produção. Na época, os alfaiates não aceitaram o equipamento, entenderam que poderia ser uma ameaça e tirar o sustento da profissão, desta forma, não se popularizaram, sendo inclusive destruídos pela população.
Nos Estados Unidos, por volta de 1850, o engenheiro mecânico Elias Howe entrava em uma disputa judicial por registro de patentes com ninguém menos que Isaac Merrit Singer. Howe venceu a disputa em 1854 e passou a ter direito de receber royalties sobre a fabricação de máquinas de norte-americanas.
O tempo passou, esses equipamentos evoluíram e hoje a tecnologia tem mudado significativamente o estágio de costura com as máquinas industriais. Estas por sua vez, são rápidas, pois possuem sistemas de embreagem e freio, assim como subsistemas mecânicos mais complexos.
Este aspecto desses equipamentos resulta na otimização da etapa de confecção, mas também traz precisão e uniformidade à costura, resultando em peças bem acabadas e uma unidade de qualidade na produção. Outro aspecto importante, é o fato de que as máquinas de costura industriais possuem funções específicas, enquanto as domésticas costumam ter diferentes funções. O uso de máquinas com diferentes funções é importante para a confecção onde uma costureira fecha a peça inteira.
No entanto, na produção seriada, que consiste em uma costureira de montar uma parte da peça por vez, é mais importante equipamentos com funções específicas, automáticas e que mantenham a precisão. É em razão desta produção seriada, que encontramos máquinas de costura industriais com nomes e funções específicas, como: caseadeiras, fechadeiras, galoneiras, elastiquerias, bordadeiras, traveteiras, entre outras.
Por Samira Troncoso
Designer de Moda e Professora na Feevale/ Novo Hamburgo (RS)
Referências
ABIMAQ – Associação Brasileira da Industria de Máquinas e Equipamentos (https://www.abimaq.org.br/site.aspx/Abimaq-publicacoes). A história das máquinas ABIMAQ 70 anos. São Paulo: 2006.
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