Por Fabiano Reis
Docente das áreas Têxtil e Vestuário, Mestre em Política Científica e Tecnológica e Sócio da Carlota Reis Camisaria Feminina
Na década de 50 houve um enorme esforço por parte de gestores e construtores de máquinas no sentido de desenvolver técnicas que permitissem uma produção em maior quantidade de produtos envolvendo o mesmo número de trabalhadores. Esses processos resultaram no aparecimento de novos sistemas de produção e a mecanização dos métodos de trabalho. A maioria das técnicas foram originalmente desenvolvidas nas fabricantes de produtos padronizados. Mas, nos últimos anos, as empresas passaram a produzir sistemas integrados para a produção de artigos de moda.
Grau de diversificação do produto
A indústria da moda apresenta uma diversificação de produto gerando assim problemas com significados diferentes de empresa para empresa.
Podemos classificar a diversificação do produto do vestuário em três grupos:
– Produção em grande série;
– Produção de série média;
– Produção de moda.
A produção em grande série é caracterizada da seguinte forma: apenas um tipo de peça de vestuário é produzida por vez, esse modelo é produzido por meses. O novo modelo apenas apresentará pequenas alterações da peça anterior ou a nuance de cor do tecido apresentara pequenas variações. Um exemplo típico de fabricação em grande série é a produção de calças jeans.
Imagem: Exemplo de peça produzida em grande série/ Reprodução
A produção em grande série tem como característica a produção de peças com baixo preço e em grandes quantidades. As unidades de produção são, geralmente, de grande dimensão e a montagem da peça é dividida em operações.
Quase sempre o fluxo de trabalho das diferentes partes da peça (ex.: frentes, costas, etc.) é dividido em fluxos de produção separados. Os operadores são especializados em apenas uma ou duas operações do processo, e não é possível transferi-los rapidamente para outra operação.
Referencia Bibliográfica
ARAÚJO, M. Tecnologia do Vestuário. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996.