Por Erika Boldrini
Consultora e designer de superfície
Quando surgiu, nos anos 90, o processo de estamparia digital foi tido como vilão, muitos acreditavam que esse novo processo acabaria com as outras formas de estamparia. É verdade que ela vem ganhando cada vez mais mercado, mas não se pode afirmar que a serigrafia, transfer ou qualquer outra técnica de estamparia serão extintas algum dia. Há espaço para todas as técnicas, pois cada uma tem sua característica e peculiaridade, transmitindo ao material estampado a “mensagem” idealizada pelo designer.
Estampas digitais
Fonte: Pixabay.com
A estamparia digital tem duas vertentes: os maquinários que trabalham com tecidos sintéticos e os que trabalham com fibras naturais, como algodão, por exemplo. No segundo caso, é necessário a aplicação de um produto especifico que prepara o tecido para receber a estampa digital. O tecido é colocado na maquina e já sai dela estampado. Para a fibra sintética, o processo é um pouco diferente, após definir o desenho que será estampado, o arquivo é transmitido para a impressora digital (em formato JPEG, TIF, EPS, entre outros) que faz a impressão da estampa no papel. Após a impressão o desenho é levado junto com o tecido para a prensa ou calandra e pelo calor o desenho é transferido do papel para o tecido.
Máquina de estamparia digital, tecido de fibra natural
Fonte: textileindustry.ning.com
Máquina de estamparia digital, tecido de fibra sintética
Fonte: mimakibrasil.com
É importante lembrar que na estamparia digital não há limites de cores, imagens e nem metragem mínima ou máxima.
Saiba mais:
Entrevista: Schana Moschen, Designer Têxtil
Estampas Pied de Poule e Pie de Coq
Livro: Design de estamparia têxtil