A automatização industrial no contexto das confecções 4.0 – conheça os benefícios8 min read

Já sabemos que o futuro das confecções é digital e automatizado, mas, dentro dessa nova realidade, muitos termos e conceitos ainda parecem mais teóricos e distantes do que práticos e realistas, certo?

Dentre eles, a automatização industrial é um dos que podem gerar mais dúvidas, especialmente pela proximidade com outro conceito industrial, a automação. Desde já, antecipamos que existem algumas diferenças entre os dois.

Sendo assim, para que você entenda tudo sobre o conceito e como ele está relacionado ao universo das confecções, o blog Audaces – especialista em tecnologias 4.0 – preparou um conteúdo completo sobre o assunto, acompanhe:

O que é a automatização industrial?

A automatização é o ato de automatizar processos (entendido, aqui, em amplo espectro, como qualquer ação que possui um modo específico de realização e um tempo de duração determinado), mas de forma não completamente independente.

Ou seja, automatização é tornar processos e tarefas repetitivas automáticas, mas de forma a depender, de certa forma, da interferência humana. É, inclusive, nesse aspecto, que a automatização se difere da automação.

A automatização é um processo automático, mas semi-dependente em que os dispositivos dependem de algumas ações humanas para o bom desempenho de suas funções.

Na automação, os dispositivos são agregados com Inteligência Artificial (IA), o que os torna mais autônomos em relação às atividades.

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A origem da automatização industrial

A automatização, enquanto conceito, existe desde a Segunda Guerra Mundial, na década de 1940. Algumas décadas depois, o matemático Alan Turing, inventor do primeiro computador e do famoso Teste de Turing, deu início aos primeiros algoritmos que vieram se desenvolver nas aplicações de Inteligência Artificial, computação e ciência da informática.

Nesse contexto, a automatização industrial, na prática, é predominantemente uma característica da chamada Indústria 3.0, o modelo transitório no qual se encontram os modelos de produção e que se iniciou na década de 70.

A automatização industrial está muito atrelada à informática e aos sistemas de computadores pré-introdução da Inteligência Artificial como ciência e modelo-padrão dos dispositivos eletrônicos e maquinário industrial.

Qual a diferença entre automatização, automação e mecanização?

Chegamos a um ponto muito importante – a diferença entre automatização, automação e mecanização. Todos os três conceitos compartilham pontos de semelhança e diferenças e fazem parte do complexo conjunto de tecnologias cujo objetivo principal é facilitar, operacionalizar e tornar os trabalhos e processos mais fáceis, dinâmicos e lucrativos.

Além disso, não é apenas o ambiente industrial que se beneficia dessas tecnologias. No dia a dia temos contato constante com diversas formas de tecnologias, recursos e dispositivos que são automáticos, autônomos e mecanizados.

Mas, então, qual a diferença entre eles? Podemos dividir em níveis tecnológicos da seguinte maneira:

  • Mecanização: este é um conceito simples e se aplica à utilização de máquinas e equipamentos para otimizar a relação esforço x tempo na execução de alguma atividade (por exemplo máquinas agrícolas, polias e afins);
  • Automatização: automação não-inteligente. Nessa etapa, os dispositivos são capazes de tornar tarefas e processos automáticos, mas não são capazes de estabelecer relações complexas com seu ambiente e aprender com eles (por exemplo esteiras, máquinas de corte e costura etc);
  • Automação: trata-se de um conceito complexo que se relaciona com diversas áreas do conhecimento, sobretudo Engenharia, Robótica e Informática. A automação é a capacidade de automatizar tarefas de forma inteligente, com mínima interferência humana e por meio de dispositivos e tecnologias inteligentes capazes de entender profundamente o ambiente em que estão inseridos – machine learning – (por exemplo, salas de corte automatizadas, softwares de gerenciamento etc).

Podemos entender, também, esses conceitos como estágios de desenvolvimento dos modos de produção. No entanto, vale ressaltar que eles também são independentes, visto que cumprem objetivos semelhantes, mas não idênticos.

Como a automatização industrial funciona?

Como dissemos, o principal objetivo da automatização, inclusive no contexto industrial, é operacionalizar processos e torná-los automáticos – apesar da necessidade de interferência humana especialmente para correções de erros de operação e afins.

Dessa forma, essa é a principal forma de atuação de uma indústria que investiu em automatização industrial. Nela, é possível observar máquinas e softwares que substituem a atividade humana em tarefas repetitivas, agilizando o processo produtivo tornando-o mais eficiente e padronizado.

A automatização é uma grande aliada de uma outra prática muito importante para as indústrias e confecções: o planejamento e controle da produção (PCP). Tornar as atividades automáticas facilita o controle sobre elas e, consequentemente as tornam mais ágeis e menos propensas a erros que podem custar tempo e dinheiro à produção.

Um dos grandes exemplos de automatização industrial na prática (e que também se integra ao PCP) é o chamado controlador lógico programável (CLP), um dispositivo capaz de obter e compartilhar informações em tempo real sobre o funcionamento de determinada máquina, ao mesmo tempo em que pode ser programado para emitir alertas de mau funcionamento e interromper processos falhos.

Essa é, portanto, uma forma de automatização que envolve a interferência humana (já que o próprio dispositivo precisa ser programado).

Em quais áreas a automatização industrial pode ser implementada?

Todas as áreas podem se beneficiar da automatização, em todas as etapas da indústria – seja na indústria de transformação, produção, adição, distribuição etc, há benefício em automatizar processos em cada uma delas.

Qual a importância de ter processos industriais automatizados na área da moda?

Nas confecções, em que há, de certa forma, a dependência de processos manuais (modelagem, ficha técnica, peça-piloto etc), a automatização tem papel fundamental para as etapas criativas e técnicas, aliviando a carga de trabalho sobre os profissionais envolvidos e gerando um ciclo de produtos menos, mais enxuto e assertivo.

É muito comum a ideia de se pensar a moda como um segmento quase artesanal (mesmo nas grandes confecções), ideia que está muito atrelada ao seu surgimento. Porém, desde a ascensão do prêt-à-porter e das grandes lojas de departamento, é cada vez mais normal que os processos, antes manuais, tornem-se automatizados. Trata-se do melhor dos dois mundos: a tecnologia a serviço da Indústria da Moda.

Quais são as vantagens de aplicar a automatização industrial no setor de confecção?

São muitas as vantagens de se investir em tecnologia nas confecções. Listamos as principais a seguir, confira:

Diminui o tempo de produção das coleções

O fim ou, em partes, a otimização dos trabalhos tradicionalmente manuais na confecção permite que elas sejam planejadas e executadas em tempo menor sem perder qualidade, o que resulta em coleções maiores, mais lucrativas e mais ágeis.

Possibilita um padrão de qualidade

A padronização é um dos grandes benefícios da automatização, uma vez que, programadas, as máquinas executam suas atividades no mesmo padrão que, quando otimizado e aperfeiçoado, consegue garantir um padrão de qualidade maior para as peças e para a produção na confecção.

Reduz custos

A redução dos custos é um dos benefícios indiretos da automatização. Isso porque, ao aumentar a eficiência produtiva, também é possível identificar desperdícios, custos invisíveis e outros gargalos produtivos que, quando solucionados, resultam em maior lucratividade.

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Garante aproveitamento da matéria-prima

A sustentabilidade é uma das grandes preocupações da Indústria da Moda, sobretudo nos últimos anos. Por meio da padronização e da otimização da cadeia produtiva, vão-se eliminando desperdícios de matéria-prima, benefício que é ainda maior com a automação, mas que também se faz presente na automatização industrial.

Torna os processos mais escaláveis

A escalabilidade, isso é, a capacidade de produzir mais com a mesma quantidade de recursos é um dos grandes objetivos das confecções que desejam crescer e expandir os negócios, aumentar a quantidade de peças por coleções e torná-las mais ágeis.

Graças à automatização não somente de etapas, mas de processos, é possível que esse objetivo se transforme em realidade.

Garante maior precisão e qualidade das peças

Outro benefício aliado à padronização, a precisão é uma característica primordial para que uma confecção seja eficiente. Então, investir em tecnologias de automatização/automação é o passo certo na direção de uma produção precisa e de qualidade, que resulta em um produto final atrativo ao consumidor.

Conclusão

A automatização, como parte dos processos de inserção de tecnologias no contexto industrial com o objetivo de maximizar e otimizar a eficiência produtiva é um dos passos essenciais que as indústrias e confecções precisam dar para tornarem-se fábricas inteligentes e, também, confecções 4.0.

Como vimos, existe uma diferença fundamental entre automatização industrial e automação, sendo a principal delas a presença da IA em maior ou menor grau, mas que, independentemente, já proporciona diversos benefícios às confecções.

Aqui no blog Audaces você tem acesso aos melhores conteúdos sobre tecnologia industrial, Indústria 4.0 e tecnologia têxtil. Acompanhe nossas postagens e não perca nenhuma atualização!

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Audaces
A Audaces é referência mundial no desenvolvimento de soluções inovadoras para o setor da moda, integrando processos, pessoas e tecnologia.

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