Por Gabriela Kuhnen
Estilista e professora do Departamento de Moda do Ceart (Udesc)
As superfícies de objetos há muito vem sendo manipuladas pelo homem: desenhos encontrados em cavernas datam do período paleolítico (5 milhões a 25 mil anos a.c.) e no período neolítico (10.000 a 5.000 a.c.), o homem manipulava a superfície da cerâmica e iniciou-se a manipulação têxtil através da fiação. As cerâmicas gregas, mosaicos romanos e bizantinos, azulejos islâmicos, hieróglifos egípcios, metais celtas e tapetes persas tornaram-se a base para o surgimento do design de superfície, no qual faz parte o design têxtil.
O design têxtil compreende uma parte do design de superfície onde a aplicação de interferência será feita em fibras, fios e tecidos, de forma bidimensional (estamparia), ou tridimensional (aplicações sobre a peça ou na estrutura do tecido).
No design têxtil deve-se ter em mente qual o tipo de processo de impressão será feito, pois a partir das restrições ou possibilidades é que o projeto deverá ser pensado. Estampas por cilindros rotativos devem seguir a forma de rapport, pois é preciso que o grafismo se encaixe perfeitamente. Já no caso de estamparia digital há mais liberdade no processo de desenvolvimento pela própria adaptação ao formato que as impressoras permitem.
No universo da Moda, o design têxtil molda-se conforme as mudanças de tecnologia de impressão e do tratamento das superfícies que ele se manifesta. A impressão digital, por exemplo, é uma das formas de trabalho de design têxtil que mais agregam valor e inovação para as coleções de moda como pode se verificar nas imagens abaixo.
Mary Katrantzou: Resort 2014
Fonte: https://www.pinterest.com/pin/310607705527274411/
Mary Katrantzou: Resort 2014
Fonte: https://www.pinterest.com/pin/310607705527274413/
Mary Katrantzou: Resort 2014
Fonte: https://www.pinterest.com/pin/310607705527274472/
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