O artigo “A tecnologia têxtil aplicada no dia a dia”, desenvolvido pelas pesquisadoras Dulce Maria Holanda Maciel e Jessica Leticia Mileski, aborda como alguns tecidos combatem mau cheiro de animais e como podem ser utilizados a fim de melhorar o bem-estar e o convívio dos bichos de estimação e dos seus donos.
O estudo teve como objetivo verificar se é possível aplicar tecidos tecnológicos para solucionar problemas como o mau cheiro – presente em sofás, roupas, tapetes, entre outros – da casa provocados pelo contato com o animal de estimação.
Também buscou-se analisar no artigo possíveis alternativas disponíveis no mercado têxtil para aumentar a durabilidade dos tecidos utilizados em estofados, tapeçarias, entre outros, e resolver o problema dos pelos espalhados pela casa e roupas.
Durante a análise do mercado, as pesquisadoras não encontraram soluções significativas que atendessem satisfatoriamente algumas dessas necessidades. Os produtos para cães e gatos são confeccionados, na grande maioria, com tecidos simples – que pegam pelo, odores e são contaminados facilmente por bactérias.
Tecidos combatem mau cheiro de animais de estimação/ Reprodução
O artigo atua no sentido de sugerir aplicações para este setor, uma vez que novos tecidos estão disponíveis no mercado e podem ser utilizados para abrandar alguns desses problemas. As sugestões para este setor foram divididas em algumas partes e, cada uma delas, aborda um problema específico.
O problema do mau cheiro pode ser amenizado com o uso de tecidos fungicidas e bactericidas em sofás, tapetes, cortinas e cama dos animais de estimação. A fibra de bambu é uma alternativa, pois possui substâncias naturais que têm funções bactericidas e fungicidas. Também existem materiais tecnológicos que estão em desenvolvimento e podem ser usados para combater alguns microrganismos.
Os animais também perdem pelos e estes ficam espalhados pela casa ou grudados nas roupas dos donos. Segundo as pesquisadoras uma alternativa para este problema é o uso de tecidos antiestáticos, uma vez que os pelos se fixam por causa da estática provocada pelo atrito entre a fibra e o pelo.
Para repelir a água, óleo, poeria e sujeira, os tecidos com propriedades impermeabilizantes podem ser utilizados. Alguns deles são desenvolvidos com o uso da nanotecnologia e desempenham a função de bloquear a absorção e o acumulo desses materiais nas fibras. Também existem finalizadores à base de compostos de parafina, que podem ser utilizados nos tecidos para este fim.
A oxidação dos tecidos – ocasionada pelo contato das patas, pelos, suor e outras substâncias dos animais de estimação – tornam os tecidos menos resistentes e mais suscetíveis a rasgar ou ter desgaste. Para aumentar a vida útil do material, pode-se utilizar agentes à base de sulfato de nitrobenzeno e diversos ácidos, que atuam na redução da ação do oxigênio neste processo e retarda as consequências.
Segundo as pesquisadoras, não há confecção de produtos com tecidos que combatem mau cheiro de animais, o excesso de pelos e a oxidação provocados pelos bichos de estimação. Isso faz com que haja um nicho de mercado sem assistência e com poucos recursos.
Tecidos tecnológicos ainda são pouco explorados no universo pet/ Reprodução
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