Por Julia Picoli
Docente no curso de Moda da Feevale e consultora de produto de Moda
No post anterior relatei um pouco sobre subcultura e tribos e o processo de mudança desta denominação de jovens. Os primeiros eram ligados a serem contra a sociedade e regras vigentes; os segundos, por mostrar seus ideais e estilo de vida através das roupas e atitudes, e algumas ainda iam contra a sociedade.
O fenômeno das tribos veio com a emergência da cultura juvenil, resultante do baby boom que surgiu após a segunda Guerra Mundial. Os baby boomers são considerados a maior geração que os EUA já produziram, fruto das comemorações do pós-guerra, nascidos entre 1948 e 1960. Eles formam também o primeiro grupo de consumidores jovens que impuseram ao mundo um novo estilo e um novo comportamento.
Reprodução.
Enquanto agrupados em movimentos, os jovens, que hoje exibem seus símbolos nas ruas das grandes metrópoles e que são definidos como ‘tribos’, podem ser identificados por diferenças de três ordens: geraram novas atitudes, às quais aderiram largos contingentes juvenis; distinguiram-se por adoptarem um estilo próprio na aparência (certos tipos de roupas, penteados e adereços) e, por último, utilizaram uma formação musical específica como referência, desenvolvendo uma cultura de consumo.
A juventude é responsável por mudanças radicais na cultura contemporânea. Desde a baby boom os jovens são agentes culturais que sempre reinventam e reinterpretam formas culturais heterogéneas. Mas hoje ainda se chama tribos de subculturas, muitos autores defendem as nomenclaturas, mas alguns ainda as usam para se referenciar a grupos de jovens que se unem por estilo de vida. Seja, subcultura ou tribos.
Certos jovens criam looks que alcançam sucesso ao expressar sua identidade, mas que também se acredita terem o poder de prenunciar como outros grupos se vestirão nas próximas estações. A cultura jovem e as tribos vêm se destacando cada vez mais e ganhando mais importância para os pesquisadores. Subcultura como um grupo com comportamentos e crenças próprios que diferem dos gerais e da cultura de que fazem parte. Identifica-se uma subcultura por suas opiniões políticas e artísticas e outras. Os valores de uma subcultura se expressam visualmente através da sua forma de vestir e seus dos símbolos que adota. Todos os grupos juvenis da subcultura têm sua identidade e estilos próprios, por isto influenciam as tendências e futuramente os designers na criação de produtos.
Por tudo isso, a subcultura é o meio social mais estudado pelas empresas na busca por sinais que poderão indicar nas futuras tendências pelo que os jovens hoje são os novos sinalizadores de tendências, hoje são um grupo que nunca deixa de ser observado. Para muitos, a juventude é um momento em que um indivíduo começa a formar o seu próprio eu, articulando ideias, crenças e opiniões sobre o mundo ou em seu redor. Junto com a formação de ideias sobre o mundo, muitos jovens começam a dar forma e construir o indivíduo em que se tornarão para o resto de suas vidas.