A importância do CAD para a moda é notória na atualidade. Mas como isso ocorreu? Bom, para que as empresas se tornem competitivas e possam alcançar o desenvolvimento de redes internacionais, é imprescindível a organização dos processos produtivos dentro do desenvolvimento de produtos. Seguindo este pensamento, na década de 1960 começaram a surgir os primeiros escritórios (conhecidos como bureaux de estilo) com a finalidade de otimizar os processos criativos, orientar as coleções das empresas e introduzir o pensamento sistêmico dentro da confecção.
Em pouco tempo, com a velocidade do consumo e a informação globalizada, se constrói um novo conceito de moda, o fast-fashion, que de acordo com Cietta (2010) são empresas que lançam pequenas coleções para suprir a demanda de um consumidor ávido por novidades.
A importância do CAD para a moda se deve ao fato de ele agilizar a produção e dar praticidade na criação e desenvolvimento de modelagens/ Divulgação
As principais características das empresas fast-fashion são:
Utilizam os conceitos de projeto;
Produzem pequenas coleções ao longo do ano;
Alta variedade de modelos;
São capazes de influenciar o público-alvo;
Promovem o consumo;
Sistematizam seus processos para enviar e receber as produções em pouco tempo;
Podemos perceber que, para a produção de pequenas coleções em um menor espaço de tempo, que atendam as características produtivas do fast-fashion, é fundamental a otimização do Processo de Desenvolvimento de Produtos. Isso pode ser alcançado por meio da introdução do Computer Aided Design (CAD) nas empresas.
A importância do CAD para a moda se deve ao fato do sistema permitir aos designers mais liberdade para explorar e manipular seus projetos; autonomia para testar com mais facilidade as possibilidades, como a combinação de modelos, de cores, de tecidos, de estampas de estilos.
Esta praticidade no momento da criação e do desenvolvimento das modelagens aponta mais uma importância do CAD para a moda, em que o sistema proporciona uma redução no tempo necessário para as tomadas de decisões, tornando o ciclo da coleção mais rápido e portanto mais apto para competir no mercado fast-fashion.
Por Samira Troncoso
Designer de Moda e Professora na Feevale/ Novo Hamburgo (RS)
Referências
CIETTA, E. A Revolução do fast-fashion: estratégias e modelos organizativos para competir nas indústrias híbridas. São Paulo: Estação das Letras, 2010.
STONE, E. The Dynamics of Fashion. New York: Fairchild Books, 2008.
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