Muitos de nós, pra não dizer todos, confessariam, se interrogados, que se preocupam com o modelo do seu carro e a televisão que têm na sala. Isto porque, todos querem estar na moda. Estar na moda é mostrar ao mundo que estamos conectados com o nosso tempo, que somos informados, que nosso papo é interessante. Um desejo legítimo de sobrevivência na selva urbana, onde estamos disputando uma promoção no trabalho ou aguardando um convite pra jantar.
A roupa que vestimos é apenas parte da imagem que construímos, associada aos nossos gestos, nosso modo de olhar e falar, ou mesmo atender o telefone e caminhar. Estamos sempre mostrando ao mundo quem somos e o nosso visual é um modo imediato pelo qual os outros buscam saber algo sobre nós.
É fato, a roupa fala, mesmo que você nada queira dizer. Mas e o que é estilo? É algo que está relacionado com a sua identidade, com quem você é; são as crenças que tem, o modo como se relaciona com o amor, com a arte e até mesmo com a religião.
É como você se relaciona com o mundo e com os outros, é como se comunica. Ele não surge da informação de moda, mesmo que ela seja importante para a sua construção, surge do autoconhecimento. Para ter estilo, é fundamental saber quem você é, porque as suas escolhas são a manifestação da sua identidade.
A partir da reflexão sobre nós mesmos, nossos gostos – sejam eles modernos ou clássicos -, um olhar corajoso e franco sobre a nossa personalidade e o nosso tipo físico, além da consciência de qual é a informação que queremos dar ao mundo, podemos nos apropriar da nossa imagem e usá-la a nosso favor, nos diversos âmbitos da nossa vida.
Coco Chanel foi a frente do seu tempo, rompeu barreiras e criou seu próprio estilo/ Reprodução
Dizia Coco Chanel que “moda passa; estilo é eterno”. Nada mais correto se aceitamos a ideia de que o estilo é expressão da nossa essência, do nosso “eu”. Mademoiselle Chanel, inclusive, talvez seja o melhor exemplo, pois rompeu barreiras e apresentou às mulheres do mundo todo um modo mais simples, elegante e confortável de ser mulher.
Por Ana Carolina Steil
Pós graduanda em Mídia Moda e Inovação Senac/RS