A desvalorização do Real em comparação com o dólar traz ganhos e perdas à economia brasileira. Com uma escalada iniciada ainda em 2014, a moeda norte-americana comercial chegou a R$ 3,30 pela primeira vez em 12 anos, em março de 2015. Se por um lado a importação de produtos fica prejudicada, o momento é particularmente especial para as empresas brasileiras que vendem produtos no exterior. Às empresas exportadoras, resta a possibilidade de colocar seus produtos com um preço mais competitivo no mercado internacional.
Para o setor têxtil e de confecções no Brasil, o momento pode ser de oportunidade, conforme sugere o gerente da filial Nordesde da Audaces – líder na América Latina no segmento de tecnologia para moda -, Ivan Badin. “Esse setor da indústria tem dificuldade de competir com os produtos importados, que costumam chegar aqui com preços muito mais baixos. Neste novo cenário, o mercado interno deve aquecer, com o aumento do consumo interno e o aumento do custo de produção para quem necessita de itens importados”, sinaliza.
Para tentar inverter de vez a balança comercial do setor têxtil e de confecções, a automatização dos processos de criação e de produção no setor são medidas estratégicas. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil fechou 2014 com um déficit de US$ 3,95 bilhões na balança comercial. Estes investimentos em tecnologia também ajudam a atender à demanda dos novos nichos que venham a surgir no mercado. De acordo com Badin, uma das principais tendências que serão beneficiadas com a modernização das confecções é a fast fashion ou moda rápida, termo utilizado por grandes magazines para produção rápida e contínua de novidades. “A automatização da etapa de criação ainda é pouco aproveitada, mas soluções como o Audaces IDEA, que é específico para design de moda, podem aliar produtividade e criatividade, além de otimizar tempo e evitar o desperdício de matéria prima. Em resumo, traz mais inspiração e menos transpiração”, afirma.