No post Processo Criativo: os passos para ter uma ideia (parte I), foram apresentadas as duas primeiras fases do processo criativo – informação e incubação – , desenvolvidas pelos pesquisadores Hermann von Helmholtz e por Graham Wallas, da Universidade de Londres. Neste texto, serão abordados os último passos que levam uma pessoa à criação.
Iluminação ou Insight
Dentro do processo criativo, este é o momento da ideia, o "heureca" de Arquimedes. É o clarão de inspiração criativa que vem do inconsciente após a incubação. Nesta etapa é importante ter a mente aberta, não rejeitar, não discriminar ou julgar ideias; neste momento deve-se manter o canal aberto para que as ideias possam fluir.
Visitar galerias de arte, andar pelas ruas, observar a multidão e até a meditação desenvolve profundos insights. E, quando as ideias aparecerem, registre-as o mais rápido possível, mesmo que sejam banais, ridículas ou absurdas. Com lápis e papel, gravador, computador, vídeo ou o que for mais prático e confortável.
Registrar as ideias nesta fase é importante porque muitas delas se perdem ao confiar na memória. "A memória mais forte é mais fraca que a tinta mais clara", diz um provérbio chinês.
Dentro do processo criativo, o insight surge do inconsciente/ Reprodução
Verificação
Este passo é a validação das ideias, o julgamento crítico, o teste de viabilidade, é o momento de avaliação: se os insigths resolvem o problema e se são passíveis de implementação. Esta é a etapa final do processo criativo.
Frases como "não é possível", "não dá para ser feito", "é caro", "é por demais complexo" ou mesmo um simples "não vai dar certo" são fatais durante as fases anteriores, mas não agora. Ao fazer a revisão e avaliação das ideias, pode-se descobrir que uma ideia que a princípio pareceu forçada, pode abrir caminho para o desenvolvimento de um novo produto.
Agora as ideias brutas podem ser "buriladas", lapidadas e algumas descartadas.
Por Ana Luiza Olivete
Designer de Moda, Professora e Consultora Empresarial