A indústria têxtil tem uma relação direta com os tipos mais diversos de matérias-primas, a fim de oferecer ao mercado e às empresas de confecção as mais diferentes soluções em fibras.
Neste sentido, conhecer os principais tipos de tecidos e como cada material utilizado se comporta é algo essencial para os profissionais do setor de vestuário, pois podem direcionar com propriedade qual trama é a mais adequada para cada tipo de roupa.
Inicialmente, na indústria têxtil, as matérias-primas utilizadas podem ser de origem natural ou química. Já que os fios que provêm da natureza podem vir de origem animal como a lã, a seda, ou vegetal, como o linho, o rami e o algodão (insumo muito utilizado na indústria têxtil).
Deste modo, as matérias-primas de origem química, utilizadas na indústria têxtil podem ser de procedência vegetal ou petroquímica e classificadas como artificiais e sintéticas.
Os fios artificiais, como o acetato e a viscose, por exemplo, são confeccionados a partir da celulose presente na polpa da madeira ou no línter (camada de fibras curtas aderidas à superfície da semente) do algodão.

Então, uma vez produzidas, as fibras sintéticas são utilizando como matéria-prima e produtos da indústria petroquímica. As mais usadas sãoo poliéster, o náilon (poliamida), o acrílico e a lycra (elastano).
Abaixo, elaboramos uma breve lista que aborda as principais características de alguns tecidos naturais e químicos.
Mas, caso você deseje conhecer outros materiais de modo mais detalhado e atualizado, te convidamos a ler o nosso artigo: “Tipos de tecido de A a Z”.
Quais são as matérias-primas naturais mais usadas na indústria têxtil?
Algodão
Com ótimas possibilidades de cultivo em quase todos os continentes do globo, essa fibra de origem vegetal é uma planta de cultura delicada e necessita grandes quantidades de pesticidas para o combate e proteção contra pragas e outros predadores.
Os maiores produtores de algodão no mundo estão na Índia, com quase 6 milhões de toneladas produzidas anualmente.
Sendo um quarto da produção mundial juntamente com países como China e Estados Unidos.
Já o Brasil, ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de exportações. E a indústria nacional conta com uma grande variedade de algodões, o que possibilidade uma maior diversidade para as confecções.

Lã
Conhecida como uma das fibras naturais mais usadas na história, a lã tem seus primeiros indícios de surgimento na idade da Pedra, na Turquia. Onde, naquela época, homens usavam os pelos de carneiros como proteção contra o frio e o ambiente.
Nos Andes, já na época pré-colombiana, os ameríndios teciam lã de Vicunha (uma típica espécie de lhama andina), por ser ao mesmo tempo uma fibra mais fina e resistente à água, já que possui características hidroscópicas.
Ao mesmo tempo, a lã possui isolamento térmico tanto para o frio quanto para o calor. Além de sua agradável maciez, possui propriedades que protegem dos raios UV e propriedades antialérgicas e terapêuticas, sendo suas qualidades de matéria-prima natural altamente sustentáveis.

Seda
Obtida a partir da fibra natural do casulo de um bichinho chamado “bicho-da-seda”, a seda é considerada a fibra mais resistente, sendo ao mesmo tempo, macia e longa.
Embora, a seda não seja muito brilhante, possui alto poder de absorção, o que proporciona uma experiência de uso agradável mesmo em altas temperaturas.
Seu alto valor faz com que apenas grandes confecções possam trabalhar com mais facilidade dentro da cadeia têxtil. Seu substituto sintético é o tricoline acetinado que é feito de 100% algodão.

Linho
Os registros históricos datam o surgimento do linho a aproximadamente 8.000 a.C.. Muito encontrado na cultura e história do Egito, onde seu cultivo tem registros de 2.500 a.C., as roupas feitas de linhos eram usadas pela nobreza como símbolo de poder, riqueza e exclusividade.
Por sua boa adaptabilidade com temperaturas mais frias, grande parte da produção mundial de linho é feita em países europeus como: Polônia, Bélgica e Países Baixos.
Já no Brasil, a produção desta matéria-prima natural está resitrita a pequenas zonas produtoras para sua extração e comercialização nacional.
Dos três tipos mais comuns de linho, o ideal para a obtenção de fibras têxteis é o linho de cruzamento, resultado do rendimento de fibras e óleos extraídos da semente da planta.
E as principais matérias-primas químicas usadas na indústria têxtil?
Viscose
Originalmente conhecida como a seda artificial, ao surgir no final do século XIX, o termo “rayon” entrou em vigor nos anos 20.
Já o termo “viscose” deriva exatamente do processo de fabricação de um líquido que tem um aspecto viscoso, ainda que inicialmente orgânico, usado para fazer o rayon e o celofane.
Na história da moda, os primeiros registros da produção têxtil deste tecido pelas manufaturas da fábrica inglesa Courtlaud’s são a partir de 1905.
A viscose é um tecido conhecido como rayon, resultado da extração de fibras de celulose que vêm do miolo de algumas árvores, e que são convertidas em finos fios de tecidos.
E mesmo sendo um tecido sintético, a sua origem é totalmente natural e feita a partir dos restos de madeiras pouco resinadas ou do línter da semente do algodão.
Poliéster
O poliéster foi criado a partir de 1941 pela ICI, nos Estados Unidos, tendo como primeiro nome de batismo “Dacron”.
Desta forma, as fibras de poliéster são geralmente mais resistentes à água, sendo um tecido com alta durabilidade, porém muito duro, devido à adição de substâncias químicas, o que acaba tornando-o um tecido que não oferece muita “respiração”.
Sua obtenção é feita através da extração de partículas de petróleo bruto ou de gás, sendo usado também para a fabricação de outros elementos que não apenas roupas, como objetos plásticos, acessórios e peças diversas para diferentes nichos da indústria mundial.
Finalmente, o poliéster é um tecido muito utilizado também na fabricação de tapetes, cortinas e da moda cama, mesa & banho.

Liocel
É uma fibra sintética obtida a partir da extração da celulose de árvores que são cultivadas exclusivamente para tais fins.
Durante sua produção, utiliza-se um tipo de solvente pouco tóxico, parecido com álcool etílico comum, mas que é totalmente reciclado após o processo produtivo, diz-se que até um 99,5% desse processo é reaproveitado!
Desta foram, o Lioccel, enquanto uma das matérias-primas químicas, mesmo assim, é considerada uma fibra altamente ecológica e biodegradável. Já que seu processo produtivo emite pouquíssimos poluentes, e utiliza-se de menos corantes e água em seu tingimento. Suas propriedades são: maior resistência, presença de brilho, excelente caimento e volume, já que torna o tecido mais leve e que não amarrota fácil!
Como são produzidas as matérias-primas sintéticas mais comuns
Os processos de fabricação de matérias-primas de origem sintética são muito parecido, e eles incluem pelos menos 4 passos:
1) É feito um procedimento inicial químico para combinar e uniros componentes das fibras, chamado de polimerização, que é nada mais que a união de macromoléculas repetidas.
2) Aqui os componentes se solidificam e são convertidos em um líquido grosso para serem estrudados em fibras.
3) Logo, nesta etapa a fibra é exposta a um novo processo líquido para a criação dos filamentos do tecido.
4) Neste processo, o filamento é exposto em equipamentos de torção, exposição ao vácuo, etc, até se unir em pedaços de tecidos que iram sendo unificados.
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