Por Ana Luiza Olivete
O consumo exacerbado no âmbito na moda e do vestuário tem feito com que o mercado busque novas formas para tratar os resíduos desse cenário. Não somente os resíduos provenientes da indústria e da produção de moda, mas o resíduo que cada guarda-roupas gera, no descarte das peças e na transformação transitória desse ambiente.
Pensando nisso, conceitos aparecem e/ou ressurgem para tentar ampliar as possibilidades e poder mostrar algumas soluções.
Conceitos como reciclagem e customização, que há tempos permeiam a moda, hoje aparecem repaginados, resignificados e com uma nomenclatura diferenciada. Assim, surgem nesse contexto os conceitos de upcycling, downcycling e recycling.
Para muitos, esses conceitos podem parecer muito parecidos, porém apresentam diferenças fundamentais entre si. Confira as diferenças entre os conceitos upcycling, downcycling e recycling:
1. Recycling
É o processo que permite que o resíduo recuperado se transforme novamente em matéria-prima, que pode ser utilizada na produção do mesmo produto que o gerou.
2. Downcycling
É o processo de recuperação que transforma o resíduo em matéria-prima de menor valor. Assim, essa matéria-prima não pode ser utilizada na produção do produto que o gerou, mas sim em produtos secundários.
3. Upcycling
É o ideal, no que se refere à processos de recuperação, pois transforma os resíduos em produtos ou matéria-prima com melhor qualidade e maior valor agregado – questões importantes quando pensamos nos conceitos de responsabilidade e valor socioambiental.
Segundo pesquisas da ação Fashion Revolution, 95% das roupas podem ser trabalhadas com Recycling, Downcycling e Upcycling.
Quando pensamos em upcyclig, não podemos esquecer que ele propõe uma mudança no design e uma revolução nos processos de fabricação. Essa mudança prevê uma nova roupagem aos produtos, sejam de moda ou de qualquer área do design e ainda reforça o conceito de sustentabilidade!