Neste terceiro post vamos falar um pouco sobre o processo de modelagem de vestuário, mais precisamente sobre o diagrama (também chamado de base) e sua aplicação no processo de criação do molde para a indústria de confecção.
O diagrama é uma estrutura composta de retas e curvas desenvolvidas através de cálculos matemáticos com o objetivo de representar, de forma gráfica, a planificação do corpo. Nesta estrutura o profissional de modelagem interpreta e representa o modelo que foi projetado pelo designer ou estilista. Cós, espelhos, forros, comprimento da peça, presilhas, marcações de botões, casas e todas as informações que são inerentes ao molde serão representados na superfície desta base.
Para o desenvolvimento da base, o modelista deverá executar um estudo antropométrico – que tem como intuito conhecer e mensurar as medidas do corpo do público ou cliente que se quer atender. Através deste estudo o modelista cria uma tabela de medidas, na qual é possível encontrar as medidas de circunferência, altura, estatura e comprimento, que dão suporte para a criação de acordo com as necessidades e características do cliente.
Imagem: Reprodução
A base tem a intenção de representar, de forma sistemática, todas as formas do corpo. Mas não devemos esquecer que ela deverá ser pilotado e testado inúmeras vezes, objetivando conseguir um resultado satisfatório no quesito estético, além de ser desenvolvido de acordo com as especificações de elasticidade do tecido, textura, espessura e o caimento do tecido.
Ferramenta fundamental para a modelagem, a base dá suporte para o modelista, além de ser uma estrutura que pode ser utilizada nas plataformas de softwares e CAD. O livro O pulo do gato – Método de Planificação do Corpo apresenta uma base de vestuário mais complexa, cujas linhas de construção têm a pretensão e objetivo de representar as curvaturas do corpo de forma mais precisa.
Imagem: Reprodução/Dênis Fraga
Na Figura 2 é possível visualizar uma base um pouco mais simples, que desenvolvi para o curso de Tecnologia em Design de Moda do Campus Muriaé.
Por Dênis Fraga