Vamos combinar: não há coisa melhor do que falar sobre a vida. Mas, para viver, precisamos das ideias e ideias criativas. Quero até “parafrasear” a máxima de Vinicius de Moraes e dizer que os não criativos que me perdoem, mas criatividade é fundamental. E a forma que quero abordar a criatividade, será através das relações entre o nosso ecossistema natural e social e as inúmeras possibilidades de viver melhor a nossa realidade. Produtos, empresas, serviços, mundo, natureza e, nós! Tudo está ligado.
Imagem: Site Universo
Aqui, a nossa face intuitiva será respeitada como uma “peça” fundamental à sobrevivência humana. Ora, todos nós entendemos que estamos em um estágio compulsório de transição, de mudanças radicais. Seja na sociedade ou na natureza.
As pressões diárias sofridas por nós pela busca de resultados estratégicos trouxe à competitividade humana, uma crise de valores morais e sociais exacerbada e confusa. Dessa forma, torna-se explícita a herança do pensamento científico, racional e analítico deixada a sociedade ocidental por filósofos e cientistas desde o Século XVII.
Herdamos uma forma de elaborar nossas ideias (pensar) que, conforme nos diz Fritjof Capra (O Ponto de Mutação, Cultrix, 1982), sobre o espírito baconiano (Francis Bacon, cientista do Século XVII), ainda justifica a insana obediência e escravização da natureza frente às necessidades humanas. Mente e corpo separados! É importante dizer que tal espírito migrou aos cientistas sociais e estendeu-se à natureza humana.
Hoje sabemos que, sem a integração, sistemas colaborativos entre as pessoas (em qualquer sistema: empresarial, social, familiar), torna a harmonia das relações impossível. Somos todos e partes, ao mesmo tempo, e nenhum desses aspectos pode ser negligenciado.
Arthur Koestler vai mais longe: ele define o “todo” como o lado integrativo dos sistemas e, as partes, a face que se manifesta através da individualidade, da autoafirmação. Quando essa última é excessiva, ocorrem os sinais de poder, controle e força.
Infelizmente, a intuição e a criatividade, intrínseca ao potencial humano, ainda continua rendida; ou por nós mesmos (o individual), ou por todos. Mas como, se ela é uma das principais matérias-primas das ideias? E não são as ideias que constroem a nossa vida melhor?
São elas que definem o conceito do belo, o PIB Criativo, as empresas Startups, a FIB (Felicidade Interna Bruta). Assuntos para os próximos posts…
Por Joelma Leão
Professora Universitária e Consultora de Moda, Educação e Comportamento de Mercado