Por Eduardo Vilas Bôas
Professor de Moda do Senac SP
Você já ouviu a expressão country-label? Numa tradução livre country-label significa país-etiqueta, ou seja, trata-se de países que conseguiram vincular seu nome como uma marca de origem, criando uma etiqueta de prestígio para uma categoria específica de produtos. Por serem tão bons naquilo que fazem, independente da marca comercializada, se o produto vem de determinada nação será garantia de qualidade para o consumidor.
Nesse hall de country-label poucos participam, uma vez que atribuir valores intangíveis a commodities e diferenciá-los no mercado não é atividade fácil. Na maioria dos casos a classificação como country-label aconteceu em consequência de atividades culturais de um povo que foram valorizados pelo resto do mundo em função do seu alto nível de especialidade e, em alguns casos, pelo nível de exclusividade.
A marca-país, outro conceito muito difundido atualmente, busca levar os valores intangíveis, a reputação e imagem de marca de um país para várias categorias como produtos, turismo, cultura, esportes, negócios, ou seja, não é especifica de uma categoria como o country-label, tão pouco tem aceitação espontânea popular, já que trata-se de uma estratégia direcionada.
Na tabela abaixo podemos ver alguns dos principais country-label para seus respectivos produtos. E não posso deixar de destacar o Brasil, que a partir da exposição de Gisele Bündchen tornou-se country-label nos segmentos de moda praia e modelos.