Por Gabriela Maroja
Professora e Coordenadora da Graduação e Pós-Graduação em Moda no Unipê/JP
Já falamos sobre a importância que os cursos técnicos e superiores, bem como os eventos acadêmicos de moda, têm para a credibilidade da moda como área do saber. Há menos de 20 anos a moda brasileira era criada por estilistas, empresários, modelistas, produtores, em geral autodidatas ou vindos de outras áreas afins, mas que não encontravam muitas chances de se qualificarem e não tinham apoio para discussões sobre os rumos deste setor.
Associações de moda apoiam e auxiliam na qualificação do setor/ Reprodução
Não são poucas as marcas surgidas nos anos 70, 80 e 90 que tiveram grande sucesso mas que depois fecharam as portas, muitas vezes por falta de conhecimento, orientação, previsão e até mesmo de mão de obra qualificada. Os trabalhos na área de moda geralmente são feitos em equipe e o mercado precisa de profissionais competentes e que estejam em sintonia entre si, com o mercado e com o consumidor.
Fora toda a parte de criação que envolve as marcas, foram surgindo os eventos de moda, a mídia e profissões mais especializadas como o consultor de imagem, o comprador de moda, dentre várias outras. Mas, qualificar tanta gente exige esforço e na falta de um conselho ou sindicato específico, surgem as associações de moda que dão o apoio necessário.
Mesmo sem regulamentação formal do profissional de moda (que deverá ser reconhecido como Designer – ainda genérico – se o projeto passar pelo Senado), algumas associações de moda surgem para ajudar a fortalecer a área e o profissional. Dentre as principais associações, destacamos:
ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção): A ABIT foi fundada em 1957 e é uma das mais importantes entidades dentre os setores econômicos do País. A instituição representa a força produtiva de 30 mil empresas – de todos os portes – instaladas por todo o território nacional que empregam mais de 1,7 milhão de trabalhadores e geram, juntas, um faturamento anual de US$ 53 bilhões. Para atender todas as demandas da Cadeia Têxtil, que inclui as empresas produtoras de fibras naturais, artificiais e sintéticas, passando pelas fiações, beneficiadoras, tecelagens indo até as confecções, a Abit mantém uma estrutura física e intelectual para dar suporte e orientação aos associados (informações retiradas do site). Para mais informações acesse o site da organização aqui.
Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção/ Reprodução
ABEST (Associação Brasileira de Estilistas): A ABEST, uma entidade sem fins lucrativos, visa fortalecer e promover as marcas nacionais de moda e design. Nascida em 2003 com apenas cinco associados, hoje conta com uma cartela de 75 grifes que confiam na associação para auxiliar o desenvolvimento da moda nacional no exterior, com ações, encontros, parcerias, estudos e incentivos de alcance internacional (informações retiradas do site). Para mais informações acesse o site da organização aqui.
Associação Brasileira de Estilistas/ Reprodução
ABEPEM (Associação Brasileira de Pesquisas e Estudos em Moda): A ABEPEM é responsável pela organização dos seguintes eventos: Colóquio de Moda, Fórum das Escolas de Moda, Seminário de Estudos e Pesquisas em Consumo, Seminário de Figurino e Congresso Internacional de Moda e Design em parceria com a Universidade do Minho (Portugal). A ABEPEM oferece também apoio a eventos de interesse para a difusão e estímulo aos estudos e à pesquisa de moda (informações retiradas do site). Para mais informações, acesse o site da associação aqui.
Associação Brasileira de Pesquisas e Estudos em Moda/ Reprodução