Entram e saem as tendências de moda e o movimento vintage retorna, e por vezes totalmente independente do fato, nem desaparece. Mas afinal o que é esse termo tão participante no universo fashion?
O termo, originado da palavra inglesa para designar o ano ou safra dos vinhos, foi agregado ao vocabulário de moda nos anos 80, trazendo a ideia de roupas de outras épocas. Peças de segunda mão, como que associadas à caridade, que levam ao final dos anos 90 a um dos principais filões da moda.
Usar roupas vintage significa intitular-se como grande conhecedor da moda. O tempo, a cultura e o uso desse modismo gerou novos caminhos de consumo.
De acordo com alguns dicionários técnicos de moda, a palavra destina-se à individualidade, ao repúdio às roupas homogêneas, e é um conceito reforçado inclusive pelos meios de comunicação. O vintage torna-se um movimento de moda por motivos de seu consumo.
Diante do termo exposto, como identificar uma roupa com essas características? Livros especializados e manuais com regras de pesquisa são auxiliadores ao reconhecimento de peças autênticas.
O passado retorna em looks criativos e charmosos/ Fonte: Site VintageFashion
Revistas femininas e guias especializados trazem conselhos de uso e de onde comprar as roupas. Acabamentos, tipos de costura e etiquetas são fatores que influenciam numa peça intitulada como vintage e, de acordo com o ano de fabricação e procedência, os brechós elevam os preços de tais roupas.
Uma ideia ou movimento que deu certo – o uso das roupas do passado na atualidade -, em que o capitalismo da moda incorpora essa tendência no varejo. É tão presente esse estilo que em 2008, a famosa loja Topshop da Oxford Street ofereceu aos seus clientes de internet peças de estilistas icônicos dos anos 60 e 70.
O prestígio das peças antigas nos últimos anos fez com que alguns renomados estilistas e suas maisons relançassem peças clássicas, como exemplo Yves Saint Laurent e Balenciaga. Em 2001 Julia Roberts aparece na premiação do Oscar com um modelo do passado, um vestido criado por Valentino décadas passadas.
Não podemos teoricamente classificar o vestuário histórico como vintage, e sim essa definição surge por seus padrões de consumo.
Por Roberto Rubbo
Professor do SENAC Lapa Faustolo