Por Ana Luiza Olivete
Designer de Moda, Professora e Consultora Empresarial
A moda, desde o seu surgimento, se transforma a cada movimento significante da sociedade e, através das mudanças, o vestuário representa ao exterior a evolução e o desenvolvimento dessa sociedade que, cada vez mais, anseia por novidades.
Desde meados do século XVI, quando a ciclicidade efêmera da vestimenta passa a se chamar moda, a sociedade volta seus olhares para suas significantes mudanças.
Após o reinado de Luís XIV e sua corte luxuosa e extravagante, a França não parou de lançar e fazer transformações na moda. No século XVIII, o país já era considerado como líder mundial da moda feminina, reputação que se consolidou no período seguinte.
Transformações na moda: o rei Luís XIV, a supremacia e o luxo francês/ Fonte: site ViverCidades
A primazia de Paris, em matéria de moda, sobreviveu ao século XVIII e à Revolução, continuou a se afirmar nos séculos XIX e com o nascimento da alta-costura, quando surgem os grandes nomes da costura, os grandes costureiros, o pioneiros da alta-costura.
“Tudo oscila com a modernidade. Nada ilustra melhor a nova lógica que se impõe do que o surgimento da alta-costura. (…) A ruptura com o passado é clara. Enquanto os modelos são criados fora de toda procura particular, o grande costureiro aparece como um criador livre e independente. (…) A idade moderna do luxo vê triunfar o costureiro liberto de sua antiga subordinação à clientela e afirma seu novo poder de dirigir a moda.” (LIPOVETSKY & ROUX, 2005. p 43)
E novas transformações na moda se fazem presentes quando a sociedade se deixa influenciar por visões de poucos, quando a criação das peças de vestuário muda de âmbito, passando para a mão de grandes criadores que dominam o mundo da alta-costura.