Cada escola de moda, curso e/ou empresa pode criar seu método para interpretar e desenvolver a modelagem do vestuário. Independentemente do método, no entanto, a modelagem parte do traçado da base – que é a representação do corpo humano.
Por isso é fundamental escolher e trabalhar uma base que atenda melhor o perfil do público que a empresa atende. Em tese publicada no site da PUC/RJ, a professora Icléia Silveira destaca que os diagramas básicos são representações geométricas da morfologia do corpo humano delineados sobre um plano com o uso de primitivas gráficas (linhas, curvas, ponto, etc.), utilizando medidas pré-determinadas.
É a partir dos diagramas obtêm-se as bases que representam a forma anatômica do corpo humano sobre as quais se desenvolvem os modelos. As bases femininas possuem traçados diferentes segundo o tipo de roupa. Essas variações localizam-se na zona do ombro e do busto. A base é selecionada para o trabalho de modelagem de acordo com o modelo do vestuário.
Crédito imagem: Icléia Silveira (2008)
Ela apresenta os diferentes tipos de base, que variam de acordo com o modelo da roupa:
- Base Modelada: base clássica com pences na lateral da frente, em direção à linha do busto e na linha da cintura das costas e da frente. Usada para as roupas modeladas ao corpo.
- Base Meio Modelada: tem a medida da cintura mais solta, pela diminuição da pence vertical da linha da cintura na frente e costas ou eliminação desta nas costas. Usada para roupas meio modeladas, como vestidos básicos, blusões e casacos.
- Base Reta: as pences verticais são eliminadas na frente e nas costas, somente as localizadas na linha do busto permanecerão na base. Como a cintura não é modelada pela pence, a base fica na lateral.
- Bases amplas I e II: essas bases não possuem nenhum tipo de pence. Para executá-las, usa-se a maior medida do corpo humano e por isso é mais larga.
Fonte: Um modelo para capacitação dos instrutores do sistema CAD para vestuário e dos modelistas, com foco na gestão do conhecimento/Icléia Silveira