Por Eduardo Vilas Bôas
Professor de Moda do Senac SP
Diane von Furstenberg entrou pela primeira vez o mundo da moda, em 1972, com uma mala cheia de vestidos de jérsei. Dois anos depois, ela criou o wrap dress, que veio para simbolizar o poder e independência para toda uma geração de mulheres.
Em 1976, ela vendeu mais de um milhão desses vestidos e foi destaque na capa da Newsweek e talvez tenha sido um dos rostos mais fotografados da década. Mas as cópias e a pirataria prejudicaram comercialmente o trabalho de Diane von Furstenberg, ela saiu de cena por longos anos e quase foi esquecida pelas novas gerações. Em 1997, no entanto, Diane relançou o vestido envelope restabelecendo a sua empresa como uma marca de luxo global.
Sumário
A série americana Sex and the City, a partir de 1998, trouxe evidencia e ajudou no reposicionamento da marca ao inserir os vestidos envelopes no figurino das personagens. A marca tornou-se simplesmente DVF (siglas de seu quase impronunciável nome) expandindo o mix de produtos prêt-à-porter para acessórios, calçados, bolsas, pequenos artigos em couro, cachecóis, joias, mobiliário, malas, óculos e até moda casa.
Em 2005, Diane recebeu o prêmio Lifetime Achievement Award do Conselho de Estilistas de Moda da América (CFDA) em função do seu impacto na moda e, um ano depois, foi eleita presidente do próprio CFDA. Neste importante papel ela tem se dedicado a promover novos talentos e ajudado a combater à pirataria.
A marca DVF hoje é vendida em mais de 55 países, incluindo 85 lojas próprias e parcerias na América do Norte e do Sul, Europa, Oriente Médio e Ásia.
A admiração das americanas por Diane von Furstenberg é justificável, afinal ela é a síntese do sonho americano: “trabalho duro, sucesso, paixão pela vida e amor à sua família, amigos e seu metiér”, afirma André Leon Talley, o curador da exposição que apresentou a vida e obra de Diane ao Brasil.
A exposição Journey of a Dress (Jornada de um vestido) circulou o mundo e desembarcou em São Paulo em 2010, no Shopping Iguatemi, com uma mostra de 140 itens do acervo pessoal da estilista. Ficaram em exposição cartas de Diana, obras de Andy Warhol, campanhas feitas pelos aclamados fotógrafos Terry Richardson e Helmut Newton, croquis de moda e joias e 40 looks, muitos deles da década de 70, inclusive peças que a estilista usava na famosa balada Studio 54.
Eu tive o privilégio de visitar essa exposição em 2010 e compartilho com vocês algumas imagens.
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