A cultura do corpo e da estética leva mulheres, ao longo dos séculos, a buscarem constantemente as curvas e “formas perfeitas”. Elas já tiraram as costelas flutuantes para “afinar” a cintura, acharam o máximo ser super magras, aderiram às cirurgias plásticas, lipoaspiração e silicone, tudo isso para se adequar ao padrão de beleza vigente no momento.
A necessidade de estar adequado aos conceitos estéticos da atualidade, pode gerar transtornos com a própria forma, levando o indivíduo à ansiedade, à depressão e à tristeza. Os sonhos das pessoas de terem um corpo e estética “ideal” são alvo das publicações de moda, como os programas de televisão, cinema, capas de discos, reportagens em jornais, revistas e campanhas publicitárias.
O padrão antigo de beleza, pregava mulheres pálidas e magérrima, em que adolescentes morriam vítimas da anorexia, como o caso da modelo brasileira Ana Carolina Preston, que faleceu em 2006 vítima de complicações causadas pela doença. A Itália, a fim de frear a busca incessante pela magreza, criou um conjunto de leis para combater a “ditadura da balança” e definiu que modelos com menos de 16 anos e com índice corporal inferior a 18,5 – valor considerado limite entre a saúde e a desnutrição -, não podem participar de campanhas publicitárias ou desfiles.
No Brasil, as agências de modelos ficaram mais exigentes em relação ao estado de saúde das contratadas e passaram a acompanhar dietas e requerer relatórios médicos periódicos atestando que elas estavam saudáveis. Hoje, na moda, têm-se um padrão estético com modelos com curvas e bochechas rosadas. Uma mudança que parece não parar por aí e, talvez, vá além das passarelas.
O artigo “Sobre o corpo e a estética: como a medicina e a publicidade revelam o corpo” revela que nos últimos anos há uma mudança de conceitos no que se refere ao padrão corporal. As mulheres mais “cheinhas” começaram a aparecer nas peças publicitárias, a moda tem dado sinais de transformação levando para as passarelas top models coradas e as roupas e modelos plus size.
Os padrões estéticos na moda mudaram nos últimos anos, passou de mulheres magérrimas à modelos com curvas/ Reprodução
Porém, apesar de algumas mudanças, ainda vigoram alguns padrões levando o corpo construído e desconstruído ao longo das épocas a sofrer com mudanças nos padrões estéticos. O corpo natural, construído de forma artificial, é o ideal do novo século, onde as mulheres compram A forma corpórea perfeita, pela aquisição de silicones, moldando o corpo da maneira que acham adequado, transformando-o unicamente para ser visto.
E é neste contexto e sobre essas mudanças que o artigo “Sobre o corpo e a estética: como a medicina e a publicidade revelam o corpo” levanta um questionamento que, talvez, toda a sociedade faça: Qual o futuro do corpo?
Uma resposta que ainda se desenha ao longo das épocas, construindo e desconstruindo o corpo feminino em busca de um ideal de beleza e um padrão de corpo e estética adequados, variando de acordo com os ideais culturais de cada sociedade e época. É a ditadura do corpo e estética estimulada na sociedade pela moda e, também, pela publicidade.