Posso garantir pra vocês, nenhuma semana de moda do mundo deixa de ter nem que seja um “lookzinho” com animal print. Como essa estampa está sempre presente, já não dá pra dizer que seja uma tendência, mas sim algo universal e atemporal.
Desde o século XVIII, tem-se registros de nobres e reis que se vestiam com peles e, consequentemente, estampas de animais, pois estas eram símbolo de status e de luxo. Além disso, o animal print acabava representando a África, seu mundo exótico, as viagens, a aventura, a diversidade presente neste continente. Os animais selvagens também causavam certo fascínio nos nobres porque eram sinal de poder absoluto e inatingível.
Alguns exemplos de estampas de animais/ Reprodução
Em 1930, o lançamento do filme “Tarzan” foi também a estreia do animal print para a massa popular. Logo, em 1936, a casa francesa Busvine lançou um vestido assimétrico todo de estampa de leopardo, seguida por outras Maisons e por outros estilistas.
Christian Dior foi o primeiro estilista a utilizar a estampa de onça, e não mais sua pele, em um vestido chamado de África. Logo depois, nos anos 50, o animal print foi incorporado aos acessórios (bolsas e sapatos) por Roger Vivier. A difusão desse elemento da moda deu-se nos anos 50 e 60, com as divas do cinema Marilyn Monroe, Carherine Deneuve e outras.
Apesar de na década de 90 as estampas de animais serem consideradas vulgar, no século XXI chegou e invadiu todos os meios possíveis de moda. Nas lojas de departamentos, nas fashion weeks, nas ruas, no vestuário feminino e masculino, no inverno e no verão, no Brasil e no exterior, na praia e na neve, e por aí vai…
As estampas que imitam a pele de animais aparecem tanto na moda masculina quanto na masculina/ Reprodução
Por Isadora Guercovich
Estudante de Produção de Moda do Senai/SC
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