Um dos principais desafios da indústria do vestuário é produzir peças com a agilidade imposta pelo mercado, fazendo com que as vestimentas tenham design inovador, diferenciado, com boa estética e ergonomia. Aspectos que favorecem a usabilidade da roupa pelo consumidor, orientam a produção para as necessidades do mercado e resultam positivamente na competitividade da empresa.
As confecções precisam considerar todos estes aspectos no momento da criação e fabricação, para poder construir uma peça que atenda essas questões. O primeiro passo é conhecer o público-alvo – conhecer o que os agrada – e, principalmente, as proporções corporais do consumidor, com o foco em uma peça esteticamente agradável e que proporcione conforto.
O empresário deve considerar três fatores no momento de confeccionar uma roupa: qualidades técnicas, qualidades ergonômicas e qualidade estéticas. O primeiro faz referência ao funcionamento e eficácia das funções, facilidade de manutenção – limpeza e manuseio.
Nesta fase a empresa deve avaliar o comportamento dos usuários e as pesquisas de tendências de moda, que influenciam o consumidor na hora da compra. Também precisam conhecer as bases têxteis e utilizar as mais indicadas para cada um dos segmentos do mercado.
Outro aspecto que deve ser analisado em todo o processo de criação e produção do vestuário são as qualidades ergonômicas no vestuário. Nesta etapa deve-se considerar a compatibilidade de movimentos, a adaptação antropométrica, o conforto e a segurança oferecidos peça peça.
O consumidor está mais exigente e quer peças que aliem beleza e conforto/ Reprodução
As definições de conforto em ergonomia no vestuário são algo difícil de se conceituar, sendo que a ergonomia no vestuário também está ligada a aspectos físicos como temperatura, sensação térmica, medidas que correspondam ao corpo do usuário e formas que proporcionem o conforto no uso das peças.
Já a qualidade estética faz um apelo ao design da roupa, pois atua no sentido de combinar cores, formas, materiais e texturas, com o objetivo de deixar o produto com um visual agradável. Porém, para atingir a todas essas qualidades, é necessário envolver todos os setores da confecção. O trabalho é lento e exige as mais diferentes habilidades da equipe nas etapas de conceito, criação e produção.
A ergonomia no vestuário exige uma série de adaptações antropométricas que incluem facilidades no manuseio, no uso, no conforto, na segurança e na vestibilidade da peça. Para alcançar um resultado o mais próximo do positivo é importante avaliar algumas variáveis, como as medidas adequadas da peça, o tecido, e o uso de pences que atuem no sentido de modelar a roupa no corpo, acomodando as saliências corpóreas.
As empresas também precisam ter dados antropométricos confiáveis para poder fazer o projeto do design do produtos, a fim de proporcionar qualidade e aplicações ergonômicas às peças. A preocupação e a busca pela inclusão da ergonomia no vestuário agrega valor ao produto e é um grande desafio no mercado da moda.
Fontes:
Artigo Ergonomia no vestuário: conceito de conforto como valor agregado ao produto de moda
Artigo Antropometria e a sua aplicação na ergonomia do vestuário