Cada dia mais, tenho certeza que as boas ideias passam, invariavelmente, pela capacidade de perceber a preciosidade e dar “vida” a coisas, aparentemente, simples. E que criar, exige, além de olhar sensível (e apuro técnico), ausência de pré-conceitos.
Crédito imagem: Gianfranco Briceño/Can Can
Estava justamente pensando nisso, enquanto “passeava” pelo blog da marca de acessórios Can Can. Grande parte dos materiais usados na criação dos acessórios beira ao kitsch; podem, certamente, ser associados à cultura camp, mas o resultado é de uma espontaneidade (e originalidade) ímpar!
Ponto para a criação! Coerência (e equilíbrio) entre conceito, matéria prima e produção.
Marca registrada da grife, os adereços de cabeça são pura alegria e diversão! Apesar de terem como foco o Carnaval, algumas peças são perfeitas para ocasiões em que se deseja ser singular – um casamento, o baile de formatura, aquela festa de arrasar!
Crédito imagem: Gianfranco Briceño/Can Can
A atual coleção, Conto de Fadas, é um convite à fabulação. Flores, folhagens e pássaros se associam em peças que permitem à consumidora Can Can desempenhar os mais variados papeis – ingênua, doce, enigmática, ousada, sensual, divertida. As peças, embora façam uso de uma profusão de cores enérgicas (aliás, uma cartela de cores coerente!), são delicadas. Aliás, são delicadamente marcantes, assim como o é, o lócus da fantasia.
A grife que já se inspirou no romantismo do pierrô, na descontração da havaiana e na alegria de Carmem Miranda, na coleção Conto de Fadas deixa ver o amadurecimento do processo de criação e produção da dupla Fernanda Guimarães e Paolla Falcão. Aliás, a designer de moda, Fernanda Guimarães me falou sobre processo de criação, o que será tema do meu próximo post.
Para ver as peças que encantaram a estilista Isabela Capeto (e renderem uma parceria entre as marcas) e fizeram, literalmente, a cabeça da cantora Roberta Sá navegue pelo Facebook e pelo blog da marca.
Por Clícia Machado
Consultora da Federação das Indústrias de Minas Gerais