Segundo artigo publicado no site Moore Stephens Brasil, atualmente a tecnologia e a segmentação do processo na realização de comércio estão divididas em várias etapas, fazendo com que muitas pessoas busquem o atendimento desejado. Basta imaginar o que acontece, por exemplo, quando você adquire, pela Internet (e-commerce), uma roupa ou acessório. Depois de seu clique final, no qual concorda com os termos da aquisição, uma série de processos é desencadeada, seguindo rigorosamente cada fase definida previamente.
O processo de realização do comércio eletrônico tem como objetivo garantir segurança e satisfação do cliente “invisível”, bem como a todas as pessoas envolvidas na venda, remessa e entrega da mercadoria. Essa mudança, hoje, parece algo simples e banal. Também não é mais uma novidade. Porém, há a possibilidade de serem feitas mudanças qualitativas no próprio processo.
Responsabilidade Social
Nessa inovação, é possível criar-se um arranjo para atender a responsabilidade social, promovendo a inclusão de um grande número de portadores de necessidades especiais (PNE). A Lei 8.213/91, que está completando 20 anos, estabeleceu a obrigatoriedade das empresas contratarem pessoas com necessidades especiais (PNE), definindo as cotas a serem cumpridas. Trata-se de uma quantidade de mão de obra bastante expressiva.
Segundo dados da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo, a cidade tem hoje em torno de 10% de sua população com algum tipo de deficiência. Esse percentual supera um milhão de pessoas! Comparativamente, e considerando que desse conjunto, cerca de 80% esteja em idade produtiva, essas pessoas lotariam dez vezes a capacidade do Estádio do Morumbi. O E-commerce pode atuar no sentido de auxiliar a resolver a questão da necessidade de cumprimento de cotas de muitas empresas, desde que elas ofereçam este serviço.
Sustentabilidade
Outro ponto positivo é que no trabalho “Home Office” não há gastos desnecessários com energia ou o deslocamento das pessoas. Tudo é feito com o uso da tecnologia da comunicação! Além do efeito “zero” na emissão de carbono, há um grande contingente que deixaria de aumentar a quantidade de veículos em trânsito. Assim, o E-commerce tem uma excelente oportunidade de proporcionar uma inovação em sua forma de operação, além de gerar substantivos ganhos de ordem social.
Em muitas lojas virtuais, a logística é executada de modo sustentável a fim de diminuir o gasto com transportes desnecessários e também evitar a queima excessiva de combustível. As embalagens dos produtos adquiridos através do comércio eletrônico costumam ser de papelão, material que pode ser reciclado facilmente.
Marca Puma utiliza embalagens recicláveis / Reprodução
Algumas lojas virtuais disponibilizam pontos estratégicos de coleta de materiais recicláveis, atitude que transpõe o mundo virtual para o físico.
Por Andrea Zatta
Consultora e Coordenadora da Pós Graduação de moda e Gestão do Senai Londrina